
Anta de N. Sra. da Redonda ou do Vale Joanino
Este dólmen situa-se a curta distância de Alpalhão, perto da estrada de acesso à Capela de N. Sra. da Redonda, e a sua forma arredondada pode justificar a invocação (Redonda) realizada à Virgem Maria na referida capela, implementada no séc. XVI a cerca de 400m deste local. Todavia, outra teoria mais convincente defende a origem desta invocação no grande (e redondo) penedo sito junto ao respetivo templo.
Qualquer que seja o elemento que justifica a invocação religiosa, ambos integram o interessante conjunto megalítico patente em Alpalhão e arredores, no qual esta anta é um dos mais preciosos elementos, apesar da ausência do “chapéu”.
Nos limites da freguesia é possível aceder a duas outras antas de interessante conservação – a Anta de São Gens (EM1176) e a Anta dos Saragonheiros (EN18).
Localização: 39.40686956576023,-7.633284159033091
(Acesso pela EM1004 em direção à Capela de N. Sra. da Redonda e caminho vicinal)
Anta N. Sra da Redonda

Antiga Câmara Municipal
Edifício construído em 1836 no qual funcionou a Câmara Municipal de Alpalhão até à sua extinção, em
1853. Foi escola e é atualmente a sede da Junta de Freguesia de Alpalhão.
Localização: Largo António Temudo Sequeira
Antiga Câmara Municipal

Capela de N. Sra. da Redonda
Este é um dos lugares a que os alpalhoenses têm mais apreço. Situado a 2km da vila, este templo do séc. XVI destaca-se pela sua capela-mor (primitiva) cujo teto tem interessantes adornos, com uma raríssima decoração de esgrafito, e as paredes revestidas com silhar de azulejo azul e branco da primeira metade do séc. XVIII, época em que o templo terá sofrido alterações.
Aqui se dirige a população nos dois dias seguintes à Páscoa em grande romaria. Nesses dias o espaço envolvente preenche-se de grupos que trazem o piquenique e fazem grande convívio.
Apesar de não ser a sua padroeira, é a N. Sra. da Redonda que os alpalhoenses têm mais devoção, pelo que é possível encontrar várias promessas na sacristia desta capela.
Localização: 39.40496792656477, -7.641519098168501 (Acesso pela EM1004)
Capela de N. Sra. da Redonda

Capela de São Sebastião
Pequena capela do século XVI tardio, ou já do XVII, muito simples, com capela-mor em forma de cúpula e com o arco do cruzeiro e o púlpito de granito aparelhado.
Aqui acorre a população em procissão no domingo seguinte ao dia 20 de janeiro (dia de São Sebastião) venerando o seu oráculo, popularmente apelidado de Mártir Santo, a quem a população tem grande devoção. Os festejos realizam-se no adro da Igreja Matriz onde se é aceso um grande lume.
Do programa de festejos faz obrigatoriamente parte o leilão dos “Ramos” (bens alimentares oferecidos ao santo e que são leiloados em benefício da paróquia).
Ainda hoje, cantando, o povo de Alpalhão pede a S. Sebastião que os proteja “contra a fome, peste e guerra”.
Localização: 39.420458, -7.609243 (Acesso pela N246)
Capela de São Sebastião

Focinho do Porco
A pedra é um dos elementos da natureza mais predominantes em Alpalhão, sendo possível encontrar pelos campos em redor da vila, blocos de granito com os mais diversos tamanhos e feitios, alguns até com valor patrimonial.
Um bom e peculiar exemplo, encontra-se a cerca de 1,5 km da vila. Junto à pequena estrada de acesso à Capela de N. Sra. da Redonda deparamo-nos com uma rocha de grande dimensão à qual o tempo fez questão de lhe atribuir a curiosa feição do focinho de um porco, daí a que a população local tenha apelidado o local com o mesmo nome.
Na propriedade atrás encontram-se dezenas de blocos graníticos (um tesouro para os amantes da geologia) um deles com uma série de fendas que parecem demarcar cinco dedos.
Localização: 39.4148566648608, -7.614248628021148 (Acesso pela EM1004)
Focinho do Porco

Fonte de Baixo
Alpalhão tem diversos fontanários espalhados pela vila. São na sua maioria simples, dos anos 30, e alguns meros tanques utilizados para matar a sede aos animais quando era comum utilizá-los nas lides do quotidiano.
Destaca-se esta fonte construída em meados do séc. XVIII no lado oposto da estrada, a alguns metros da atual localização.
Anteriormente “Fonte da Arca” (hoje Fonte de Baixo), depois de transferida para este local, foi dotada de um lavadouro que em tempos teve uma frequente utilização.
A esta fonte está ligada uma tradição realizada pelas gentes locais na noite de São João: à meia-noite de 23 para 24 de junho os alpalhoenses descem em festa até à Fonte de Baixo onde dizem beber a “água nova” e molham a ponta dos cabelos com esta água para que cresçam.
Localização: 39.4148566648608, -7.614248628021148 (Estrada de Portalegre)
Fonte de Baixo

Igreja do Espírito Santo (Misericórdia)
Também conhecida como Igreja da Misericórdia, este templo é, depois da Igreja Matriz, aquele que regista mais afluência. No exterior o destaque vai para a torre com quatro olhais e cúpula recortada, idêntica à torre da Igreja Matriz embora esta esteja posicionada ao lado do templo.
A capela-mor é dos fins séc. XIV e o restante do séc. XVIII. Destaque para um retábulo pintado sobre madeira, dos fins do séc. XVI, representando a Última Ceia e para os três altares (altar-mor, de Santa Ana e de São João Batista) todos eles do final do séc. XVII, destacando-se no altar-mor a valiosa escultura em pedra calcária da Santíssima Trindade, ainda com restos da policromia, que data do fim do século XV e revela a importância do mercado alpalhoense nessa época.
Localização: Largo de São Tiago
Igreja do Espírito Santo (Misericórdia)

Igreja Matriz de N. Senhora da Graça
Não se sabe exatamente qual a data da sua construção, mas tudo indica que tenha sido no início do século XVII apesar de os Autos de Avaliação da Comenda de Alpalhão, em 1511, já fazerem referência à mesma.
O templo sofreu alterações no sec. XVIII do qual está datado o altar da capela-mor em talha dourada barroca do Estilo Nacional. Tem altares dedicados a N. Sra. de Fátima, ao Senhor dos Passos, ao Sagrado Coração de Jesus e a N. Sra. das Candeias.
Existem na igreja algumas sepulturas com epitáfios maioritariamente ilegíveis percebendo-se que uma está datada de 1659 e outra pertenceu a D. Francisco Morato Roma, médico de D. João IV e D. Afonso VI.
No exterior, destaque para a fachada pela posição central da única torre do templo.
Localização: Largo do Adro
Igreja Matriz N. Sra. da Graça

Marcas de Cristianização
São várias as ruas desta zona mais antiga da vila nas quais é possível observar, em ombreias de portas e janelas, marcas com simbologia religiosa, nomeadamente as conhecidas cruzes dos “Cristãos-Novos” (muçulmanos e judeus que, obrigados ou por vontade própria, se converteram ao cristianismo na época da Inquisição).
Em Alpalhão estão registadas cerca de 50 cruzes que, face à estrutura dos imóveis estudados, terão sido gravadas dos séc. XV/XVI em diante, sendo claro que algumas (como na Rua Direita nº30) foram efetuadas mais recentemente e sem justificação aparente.
Estas cruzes e outras marcas são visíveis na Rua da Cadeia, Rua do Borralho, Rua Direita, Rua do Arrabalde, Rua de Sta. Maria, Rua de St. António, Rua dos Pelames, Rua Nova, Rua de S. Pedro, Largo do Terreiro, Rua do Monte Sete e Rua do Castelo.
Marcas de Cristianização

Museu da Santa Casa da Misericórdia
Este museu mostra um pouco da longa história da Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão através de documentos, do seu espólio de arte sacra e do que resta do antigo hospital que funcionou neste local até 1956.
Visitas: Requisitadas na Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão (Tel.:245 742 628)
Localização: Largo do Terreiro
Museu da Misericórdia

Padrão dos Centenários (“Cruzeiro”)
Marco comemorativo da celebração dos centenários da nacionalidade, contextualizado nas comemorações promovidas pelo Estado Novo em 1940, na altura dos 300 anos da Restauração Nacional e dos 800 anos da fundação de Portugal.
Pela evidente cruz no seu topo, as gentes locais apelidaram-no sempre como “Cruzeiro”.
Localização: Largo Dr. António Alves da Costa
Padrão dos Centenários

Passos
As gentes desta vila formam um grande cortejo para reviver a paixão e morte de Cristo (Procissão dos Passos ou do Senhor dos Passos) parando em quadros da Via Sacra (5) que estão espalhados ao longo do percurso entre a Ig. Matriz e a Capela do Calvário.
O primeiro, na Rua do Castelo, é o único que está dentro de uma pequena capela que tem evocação popular a N. Sra. do Bom Despacho, ou do Bom Parto.
Estes altares em cantaria de granito amarelo não tinham originalmente azulejos, sendo estes implementados no final do século passado e os dois primeiros mais recentemente. As estações da Via Sacra representadas são:
Rua do Castelo – Jesus carrega com a cruz
Largo do Terreiro – Jesus encontra sua mãe
Capela de S. Pedro – Simão de Cirene ajuda Jesus
Rua de S. Pedro – Verónica limpa o rosto de Jesus
Rua da Cruz – Jesus cai a caminho do Calvário
Passos

Cinco Dedos
A pedra é um dos elementos da natureza mais predominantes em Alpalhão, sendo possível encontrar pelos campos em redor da vila, blocos de granito com os mais diversos tamanhos e feitios, alguns até com valor patrimonial.
Um bom e peculiar exemplo, encontra-se a cerca de 1,5 km da vila. Junto à pequena estrada de acesso à Capela de N. Sra. da Redonda deparamo-nos com uma rocha de grande dimensão à qual o tempo fez questão de lhe atribuir a curiosa feição do focinho de um porco, daí a que a população local tenha apelidado o local com o mesmo nome.
Na propriedade atrás encontram-se dezenas de blocos graníticos (um tesouro para os amantes da geologia) um deles com uma série de fendas que parecem demarcar cinco dedos.
Localização: 39.4148566648608, -7.614248628021148 (Acesso pela EM1004)
Cinco Dedos

Passo da Sra. do Bom Despacho
As gentes desta vila formam um grande cortejo para reviver a paixão e morte de Cristo (Procissão dos Passos ou do Senhor dos Passos) parando em quadros da Via Sacra (5) que estão espalhados ao longo do percurso entre a Ig. Matriz e a Capela do Calvário.
O primeiro, na Rua do Castelo, é o único que está dentro de uma pequena capela que tem evocação popular a N. Sra. do Bom Despacho, ou do Bom Parto.
Estes altares em cantaria de granito amarelo não tinham originalmente azulejos, sendo estes implementados no final do século passado e os dois primeiros mais recentemente. As estações da Via Sacra representadas são:
Rua do Castelo – Jesus carrega com a cruz
Largo do Terreiro – Jesus encontra sua mãe
Capela de S. Pedro – Simão de Cirene ajuda Jesus
Rua de S. Pedro – Verónica limpa o rosto de Jesus
Rua da Cruz – Jesus cai a caminho do Calvário
Passo da Sra. do Bom Despacho

Torre do Relógio
Construída no século XVIII, a Torre do Relógio comporta os vestígios conhecidos do Castelo de Alpalhão. Apesar desta torre ter sido construída quando o castelo já estava em ruína, a sua base terá pertencido à muralha do castelo medieval erguido por D. Dinis em 1300.
Esta torre está equipada com um relógio de corda datado de 1925 que ainda hoje, apesar do comum acesso ao tempo, cumpre a sua função de anunciar as horas.
Localização: Rua do Castelo
Torre do Relógio

Capela do Calvário
Esta é uma capela rural típica do Alto Alentejo construída nos finais do séc. XVI.
Precede-a um adro de forma redonda, murado, cujo acesso se faz por uma porta simples com ombreiras de granito. Numa das paredes está um Passo, em forma de altar com portada de granito lavrado.
O seu interior é pequeno e simples e nele é possível encontrar um retábulo que remete para a Paixão de Cristo no qual está enquadrado um grande crucifixo, ladeado pelas imagens de N. Sra. das Dores e S. João Evangelista. Em baixo, embutida no altar, é possível observar uma urna com a imagem do Senhor Morto.
A maior afluência a esta capela regista-se no início no V Domingo da Quaresma, na Procissão dos Passos que segue deste local em direção à Igreja Matriz na véspera, regressando nesse domingo em grande cortejo.
Localização: Largo do Calvário
Capela do Calvário

Capela de São Pedro
Nesta pequena e simples capela do séc. XVI destaca-se o retábulo maneirista do altar-mor, também do séc. XVI, com imagens alusivas à Virgem Maria e a alguns santos.
Referir também as duas chaves cruzadas (símbolo de São Pedro) que se encontram no fecho do arco do cruzeiro no interior, bem como na base da cruz da fachada.
O maior registo de afluência a este templo é por ocasião da festa do seu oráculo (28 e 29 de junho). A população desta vila festeja com entusiasmo os três Santos Populares, sendo São João (na Ig. do Espírito Santo) aquele que merece os maiores festejos e um maior número de tradições.
Santo António teve a sua capela no largo com o mesmo nome, mas esta foi destruída e, atualmente, São Pedro é, de entre os três, o único que detém um templo em seu nome.
Localização: Rua de São Pedro
Capela de São Pedro

Casa do Brinquedo
A Casa do Brinquedo, um pequeno espaço museológico, instalado na antiga Cadeia de Alpalhão, que mostra diversos brinquedos das mais variadas épocas.
Visitas: Requisitadas no atendimento da Junta de Freguesia de Alpalhão (seg.- sex. | 9h00 – 16h00).
As visitas ao fim de semana estão condicionadas a agendamento prévio. Ver contactos
Localização: Largo António Temudo Sequeira
Casa do Brinquedo

Casa-Museu
Espaço museológico que pretende retratar uma casa típica da localidade e fazer uma mostra dos vários objetos e utensílios utilizados no quotidiano antigo.
Visitas: Requisitadas no atendimento da Junta de Freguesia de Alpalhão (seg.- sex. | 9h00 – 16h00).
As visitas ao fim de semana estão condicionadas a agendamento prévio. Ver contactos
Localização: Rua do Castelo
Casa Museu

Cruzeiro do Calvário
Construído em meados do séc. XVI, o Cruzeiro do Calvário tem num dos lados Cristo na Cruz e no lado oposto S. João Evangelista amparando a Nossa Senhora desfalecida.
Foi alvo de vandalismo em 1923 e recuperado em 1924.
Em 1957 ganha o aspeto atual sem a laje que originalmente tinha na base.
Localização: Largo do Calvário
Cruzeiro do Calvário

Esculturas de Granito
Alpalhão possuí uma grande riqueza geológica. O seu em granito azul tem qualidades únicas e é exportado para todo o mundo, estando presente em locais como o Capitólio do Estado de Pensilvânia e um átrio que desapareceu no World Trade Center nos Estados Unidos da América; a Praça da Catedral de Santa Ana na Irlanda do Norte; o edifício da IBM, na França; o «Monumento aos Mortos» no Vietname; um conjunto de Monumentos Funerários no Japão; a Calçada do Parque das Nações e o Centro Comercial Colombo em Portugal, entre outros…
Foi com sentido de promover este precioso recurso natural que no início dos anos 2000 se realizou em Alpalhão a Bienal da Pedra.
– 1ª Bienal da Pedra: 21 de setembro e 2 de outubro de 2001;
– 2ª Bienal da Pedra: 13 a 28 de setembro de 2003,
– A 3ª Bienal da Pedra: 17 de setembro e 1 de outubro de 2005.
Durante cerca de duas semanas escultores de vários países transformavam a pedra num atelier ao ar livre, no Largo Dr. Alves da Costa, enquanto decorriam exposições, teatros de rua, concertos, colóquios e passeios pela vila e pelo concelho de Nisa.
O envolvimento das gentes locais e dos visitantes foi bem visível, culminando com a instalação definitiva das peças e a partilha de experiências entre escultores e a população.
Ao longo das três edições, este evento trouxe com ele a vontade de projetar a boa qualidade das rochas ornamentais e em particular do granito, mas também procurou valorizar os espaços públicos e hoje é possível encontras muitas esculturas de granitos espalhadas pela vila e até fora do perímetro urbano. Ver Roteiro de Visitação
Esculturas de Granito